Escutamos todos os dias as pessoas falando sobre cidadania, democracia e direitos seja na escola, no seu trabalho ou quando liga a TV. Mas você sabe como esta inserido nesse contexto? Claro que sabe, você é um cidadão, afinal de contas você tem seu titulo de eleitor e nunca deixou de votar, você cumpre suas obrigações com o Estado. Mas ser cidadão é simplesmente exercer seu direito de votar?
Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos e deveres. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade de direitos, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Você se torna sócio do seu País, buscando seus direitos, ajudando o próximo, pensando no social/no coletivo, respeitando a crença, a religião, a raça, a cor ou a preferência sexual dos demais cidadãos. Para o melhor funcionamento do Estado é preciso que todos deem sua contribuição, assim você exerce sua cidadania, assim você é um cidadão. Tornando o seu País melhor. Nossa Constituição é taxada como constituição cidadã, vem garantir os direitos individuais e principalmente o direito coletivo. Quando você vai para escola está exercendo um direito coletivo, pois todos têm direito a educação. Quando você vota também exerce sua cidadania, mas ela só é plena quando você cobra dos políticos que estão no poder o que prometeu na época da eleição garantindo assim um bom governo, um governo do povo.
SER CIDADÃO
Quem é este ser
que se autodenomina racional,
se vive a vencer
por bem ou por mal?
Quem é este ser?
Ser da civilização,
que se afirma
ser cidadão?
É um ser!!!
Um ser humano:
perfeito,
imperfeito,
dono de todos os defeitos…
Que luta e labuta
pela sua utopia,
pelo seu pão de cada dia,
pelos seus sonhos,
suas fantasias…
Mas o que é, afinal,
ser cidadão?
É esperar que as coisas
pelas coisas se resolvam?
É acreditar na ilusão
de tudo que passa na televisão
e na frente dos nossos olhos?
É ficar calado
com medo de gritar?
É permanecer parado
Com receio de andar?
E persistir no comodismo
almejando a Liberdade?
Não! Isto não é cidadania!!!
Se esconder atrás de si
não é ser solidário.
Então como posso eu passar pelas ruas,
nas noites frias se sem Lua,
e ser indiferente
com aquele jeito
de ser gente:
pobre,
bêbada,
drogada,
maltrapilha e abandonada,
e chegar em casa e dormir tranqüilo?
Como posso?
Sabendo que lá na rua,
implorando um cobertor,
dorme a criança frágil,
porque não tem uma mãe
para lhe dar amor.
E então, mais uma vez me pergunto:
como posso ser cidadão
sem ter no peito um coração
que se compadeça da dor alheia?
Quando o mundo deixar de ser egoísta,
E respeitar sobretudo a vida,
Estou certo de que não haverá mais guerra:
Existirá solidariedade
E paz na Terra.
(Poema de Lucimar Justino)
Nenhum comentário:
Postar um comentário